quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tsantali Cellar Reserve

O primeiro vinho grego da minha vida - Tsantali Cellar Reserve, elaborado com as varietais Mavrodaphne (70%) e Black Corinthian (30%) — se trata de um vinho de sobremesa, semelhante aos vinhos do Porto.

Graduação: 18%.

Impressões: Este vinho grego é uma grata e altamente recomendável surpresa. Com cinco anos de carvalho, o Tsantali produz aromas ricos em doces, raízes. O tom delicado de um doce caramelado nos molha o paladar, constituindo-se em delicioso prazer gustativo.

Custo/Prazer: Este é um vinho relativamente barato (por volta de 6 euros) e altamente competitivo se o colocarmos lado a lado com os Portos entre 50 e 100 reais. Altíssima relação custo/prazer e eu o recomendo com ênfase!

Lokal Silex 2004

O Lokal Silex é um vinho produzido pela jovem enóloga portuguesa Filipa Campus Pato, filha de Luis Pato, famoso produtor de vinhos da região da Bairrada. Este vinho é feito com Touriga Nacional (75%) e Alfrocheira Preto (25%).

Graduação:
14%

Impressões:
O aroma inicial nos convida a um doce frutado composto por amoras jovens. Mesclado a este tom de frutas, encontramos, no entanto, a presença mineral e química. Esforcei-me para tentar defini-las, fazendo com que eu encontrasse alguns diferentes aromas em meus registros mentais. Há algo de uma resina ou cola sintética lembrando um pequeno odor presente em tênis novos. Há algo também que me lembra a sensação de estar em um ambiente de enfermaria com seus variados frascos. Provavelmente um médico conseguiria definir melhor tal odor. Por fim, encontrei também um floral ligado a pétalas escuras. O vinho é complexo. No paladar, um pouco seco e tanínico, porém de uma forma bem arredondada e agradável. Ao final, um pouco de chocolate amargo.

Custo/Prazer:
Lokal silex é um complexo vinho no qual podemos encontrar variados matizes de aromas e gostos. O vinho pode ser encontrado na faixa dos 140 reais. Eu diria que é um preço justo.

Zuccardi Q - Tempranillo 2002


Experimentei ontem um tempranillo do novo mundo produzido pela Família Zuccardi na região de Mendoza, Argentina.

Graduação: 14,5%

Impressões: Logo no início, somos convidados por um intenso, porém delicado perfume. Encontramos um tom adocicado com uma peculiar e harmoniosa combinação entre frutas, florais e um doce achocolatado. O perfume é inebriante. Sentimos também a presença do carvalho americano, mas de uma forma delicada e convidativa. Este vinho é um convite ao olfato. Com dificuldade, hesitamos em largá-lo em seus aromas para avançarmos na degustação. No paladar, encontramos a mistura entre um café caramelado com um leve torrado. Na verdade, este torrado deveria ser substituído pela palavra torrão.

Custo/Prazer: Muito vivo e de um belíssimo e intenso rubi, o Zuccardi Q é um belo representante tempranillo do novo mundo. Seus aromas são viciantes e o vinho em si é também muito agradável. O mesmo pode ser encontrado por 95 reais em sua safra 2003. Pelo prazer que proporciona, eu diria que o preço está ainda abaixo do que deveria, tornando-o uma bela opção de compra.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Bebendo como os romanos - o Vinho de Talha

Tive hoje em Lisboa uma experiência fantástica — apreciando o delicioso vinho de Talha produzido no Alentejo. O vinho de talha segue a tradição de vinhos guardados em talhas através da técnica iniciada pelos fenícios e difundida pelos romanos. A talha, nos tempos antigos, servia para a armazenagem em geral. Nela se guardavam carnes, cereais, óleo e, em nosso caso especial, também o vinho. Ela se diferencia da ânfora que era mais utilizada para o transporte e à estocagem do vinho por períodos bem longos, dado ao fato de suas bocas serem mais estreitas possibilitando um lacre hermético. Desta forma, algumas ânforas chegavam a conservar vinhos por décadas.

O vinho na antiguidade era primordialmente branco ou rosé. Eram secos, porém apreciava-se muito o sabor doce. Desta forma, adicionava-se ao vinho outras substâncias tais como o mel. Além disso, normalmente, ao vinho se adicionava água. Muitas das vezes, se bebia algo mais próximo ao vinagre do que ao vinho. E desta forma, se adicionava a água para dilui-lo.

Mas enfim — vamos ao ponto central. A palestra e a degustação foi conduzida pelo professor e enólogo Virgílio Loureiro [o qual esteja já no Brasil, trabalhando com a Miolo no Castas Portuguesas, bem como no projeto da Rio Sol]

Primeiramente tomamos o chamado "vinho petroleiro". A experiência foi um quê de história e deleite. O vinho é levemente frutado. E tudo nele é "leve", "suave" e cristalino. Há um quê de torrado lembrando um mel diluído. Se fosse definir, caminhando por ares um tanto idílicos, eu diria que se trata de um néctar. Não se percebe o álcool com muita facilidade a impressão é a de que estamos tomando um vinho diluído em água. Mas se trata de uma falsa impressão. Ele vai ficando cada vez melhor e após uns 40 minutos, estava de um prazer inigualável.

Nunca tinha bebido algo semelhante. E a impressão foi realmente das melhores. Bebi, tomadas as devidas proporções, como um grego ou romano assim o faziam. A experiência a ser permanentemente lembrada. Publico logo abaixo algumas fotos do vinho e do evento.



Esta era a mesa onde eu estava. Reparem em como é cristalino e belo este vinho de talha.



Professor Virgílio Loureiro falando sobre a tradição milenar da produção e armazenagem do vinho de talha.



Degustação do vinho tinto. Ao fundo vemos o grupo folclórico do Alentejo, o qual nos alegrou e muito, cantando músicas típicas da região. Uma maravilha!



Por fim, a famosa talha de onde vieram as preciosidades do dia! Esta aí é das pequenas!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Viña Amalia - Malbec 2006



Perfume - Frutas vermelhas (algo de amora e cereja) e baunilha

Produzido em Mendoza, San Carlos

Graduação: 13,9

O produtor (Finca La Amalia)rotula com notas de tabaco. Não as senti

Um vinho jovem, fresco, com entrada arredondada e final adstringente, seco. É um vinho agradável, mas nada além.

Este vinho foi analisado também no Vinho para Todos!

Meus outros blogs - O que é servido por lá?

O Vinho em Companhia é um blog novo, porém, este que por aqui escreve tem lá uns outros quês mais antigos perambulando pelos bares e cafés blogueiros. Convido pois os apreciadores do vinho que por cá aportam a também me conhecer por outros olhares...







sábado, 13 de dezembro de 2008

Quinta das Caldas 2004


Este vinho português produzido pelo enólogo Alves de Sousa na região do Douro foi uma indicação do Lisando da Decanter em BH. Uma ótima indicação, diga-se de passagem. O Quinta ds Caldas ganhou o rótulo de Best Buy da revista Adega e pode ser encontrado na faixa dos 46 reais. As uvas utilizadas são: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Sousão e Tinta Francisca.

Graduação: 14%

Impressões: Inicialmente temos um aroma que lembra um certo quê defumado. Frutas também aparecem, principalmente a ameixa. No palato, sentimos um vinho no ponto, arredondado. O sabor é picante com um leve apimentado ao final.

Custo/prazer: o Quinta das Caldas me foi recomendo e tal recomendação a passo para frente. Trata-se de uma ótima relação custo/prazer. Certamente eu encontraria outros semelhantes na casa dos 70 reais. Por este preço é uma excelente pedida e merece ser apreciado por várias e várias vezes. Ótimo vinho!

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