domingo, 28 de dezembro de 2008

Bebendo como os romanos - o Vinho de Talha

Tive hoje em Lisboa uma experiência fantástica — apreciando o delicioso vinho de Talha produzido no Alentejo. O vinho de talha segue a tradição de vinhos guardados em talhas através da técnica iniciada pelos fenícios e difundida pelos romanos. A talha, nos tempos antigos, servia para a armazenagem em geral. Nela se guardavam carnes, cereais, óleo e, em nosso caso especial, também o vinho. Ela se diferencia da ânfora que era mais utilizada para o transporte e à estocagem do vinho por períodos bem longos, dado ao fato de suas bocas serem mais estreitas possibilitando um lacre hermético. Desta forma, algumas ânforas chegavam a conservar vinhos por décadas.

O vinho na antiguidade era primordialmente branco ou rosé. Eram secos, porém apreciava-se muito o sabor doce. Desta forma, adicionava-se ao vinho outras substâncias tais como o mel. Além disso, normalmente, ao vinho se adicionava água. Muitas das vezes, se bebia algo mais próximo ao vinagre do que ao vinho. E desta forma, se adicionava a água para dilui-lo.

Mas enfim — vamos ao ponto central. A palestra e a degustação foi conduzida pelo professor e enólogo Virgílio Loureiro [o qual esteja já no Brasil, trabalhando com a Miolo no Castas Portuguesas, bem como no projeto da Rio Sol]

Primeiramente tomamos o chamado "vinho petroleiro". A experiência foi um quê de história e deleite. O vinho é levemente frutado. E tudo nele é "leve", "suave" e cristalino. Há um quê de torrado lembrando um mel diluído. Se fosse definir, caminhando por ares um tanto idílicos, eu diria que se trata de um néctar. Não se percebe o álcool com muita facilidade a impressão é a de que estamos tomando um vinho diluído em água. Mas se trata de uma falsa impressão. Ele vai ficando cada vez melhor e após uns 40 minutos, estava de um prazer inigualável.

Nunca tinha bebido algo semelhante. E a impressão foi realmente das melhores. Bebi, tomadas as devidas proporções, como um grego ou romano assim o faziam. A experiência a ser permanentemente lembrada. Publico logo abaixo algumas fotos do vinho e do evento.



Esta era a mesa onde eu estava. Reparem em como é cristalino e belo este vinho de talha.



Professor Virgílio Loureiro falando sobre a tradição milenar da produção e armazenagem do vinho de talha.



Degustação do vinho tinto. Ao fundo vemos o grupo folclórico do Alentejo, o qual nos alegrou e muito, cantando músicas típicas da região. Uma maravilha!



Por fim, a famosa talha de onde vieram as preciosidades do dia! Esta aí é das pequenas!

1 Comentário:

smurf (curitiba) disse...

Bom dia,
Nossa história começa com uma empresa familiar produtora e engarrafadora de vinhos de qualidade, de Origem Portuguesa, as Caves Vidigal, SA, fundada no ano de 1958.
Foi comprada em 1994 por um Português que emigrou de seu país e viveu 27 anos na Dinamarca, o António, onde até hoje possui uma empresa importadora, principalmente de produtos Portugueses para este pais escandinavo.
Com a volta do António a seu país de origem em 2001, retoma a Vidigal e casa com a Brasileira Maria Luiza. A família veio junto, eu (Rodrigo) e meu irmão Ricardo e nossas respectivas esposas a Luciana e a Andréa.
Em 2005 uma grande empresa Norueguesa distribuidora de bebidas, a Red&White adquire a parte das caves de nosso sócio. Nos tornamos Vidigal Wines, SA.
Com grande conhecimento em mercados internacionais de vinho, conquistamos novos clientes, com nossa flexibilização e exigências para cada praça. Modernizamos, melhoramos a infra-estrutura da empresa sempre com a preocupação na higiene e o bem-estar dos funcionários. Como 95% de nossa produção destina-se à exportação é nosso o vinho mais vendido na Noruega (Vidigal Reserva) e Angola (Reserva dos Amigos). Alemanha, Dinamarca, Suiça, Suécia, Bélgica, Andorra, Polónia, França, Itália, Espanha e Inglaterra, América do Norte (Canadá e Estados Unidos), América do Sul (Brasil) e agora recentemente a Ásia (China e Índia) são também nossos mercados.
Nosso portfólio conta com mais de 33 vinhos oriundos da Estremadura, Ribatejo, Alentejo, Douro, Dão, Beiras e Minho. Vinhos jovens, maduros, varietais, verde, rosé e espumantes.
A óptima relação com nossos clientes é a parte principal de nosso negócio, aquela ideia romântica de honestidade, integridade, profissionalismo e um sólido comportamento ético nos qualifica.
Por fim o mais importante, apresentamos um produto honesto com uma relação de custo/qualidade imbatível. Um vinho para se beber todo dia.
Muito obrigado.

Rodrigo D’Avila
Vice-Presidente/Director de Produção.

P.S.: Para maiores informações sobre as marcas, ficha técnica e prémios, favor consultar nossa página – www.vidigalwines.com

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